A inovação de processos tradicionais por meio da tecnologia
Os primeiros conceitos de tecnologias móveis, surgiram há cerca de cinquenta anos, propondo conectar as pessoas e torná-las mais acessíveis, com a expectativa de romper as barreiras geográficas, concentrando a vida humana em um só lugar: na internet. Mas como tudo isso começou? E quais os reflexos destas tecnologias no setor profissional? No decorrer deste artigo, trataremos de responder estas questões.
Em resumo, tudo começou nos anos 70, quando surgiu o celular. Criado por Martin Cooper, o primeiro modelo de dispositivo móvel foi testado em 1974, iniciando-se, cerca de seis anos depois, a chamada, primeira geração tecnológica, 1G, da qual possibilitava realizar e receber ligações.
Na segunda geração, em 1990, o 2G, além de trazer melhoras as chamadas telefônicas, trouxe o Short Messaging Service – SMS, possibilitando o envio de mensagens de texto. Além disso, era possível o download de mídias digitais, contudo, a baixa velocidade limitava os seus usuários.
Iniciada em 2000, a terceira geração, 3G, impulsionada por Steve Jobs, conferiu que o dispositivo móvel virasse um computador de pequeno porte, ou seja, o nosso querido "smartphone". Assim, em dezembro de 2007, a Apple, anunciou o iPhone e, meses depois, a Google, lançou o Android.

A partir daí, as mudanças começaram a acelerar, foi lançado o whatsapp, que possibilitava a troca de mensagens gratuitas, por meio do fornecimento da internet e outros aplicativos que, até então, se limitavam a jogos e redes sociais, propondo ao dispositivo móvel, uma nova vertente que não se limitaria à comunicação, mas também um entretenimento.

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Verifica-se que, todas as gerações trouxeram inovações, conferindo evoluções aos seus usuários. Assim, pode-se afirmar que a nova proposta da rede móvel, não seria apenas para a comunicação e o entretenimento, mas também as atividades cotidianas do indivíduo e, inclusive seu exercício profissional.
Assim, aproximadamente dez anos depois, em 2010, foi anunciada a quarta geração, 4G, nosso nível atual, que conferiu aplicativos mais densos e complexos, que trouxeram um rol de possibilidades, como, por exemplo, o pedido de um veículo ou refeição por um aplicativo, com acompanhamento de sua localização em tempo real. Estes aplicativos trouxeram conexões profissionais, possibilitando a oferta de um produto ou serviços pelos meios digitais, o que chamou atenção de outros especialistas que criaram novos aplicativos e plataformas com a mesma proposta.
Neste cenário, importa destacar que, atualmente, existem diversos softwares capazes de intermediar a contratação de produtos e serviços dos mais diversos gêneros, criando um leque de possibilidades para os empresários que não precisam, necessariamente, criar um vínculo empregatício com todos os profissionais envolvidos com sua organização.
Em contrapartida, os profissionais contratados usufruem de uma liberdade, da qual não teriam no ambiente de trabalho, possibilitando-os, o gerenciamento de seu tempo para prestar serviços para diversas empresas sem precisar se deslocar do conforto de sua casa.
Assim, não há gastos com adimplemento para fins de transportes pela empresa, perda de tempo do profissional contratado, sem mencionar que se acabaram os problemas daqueles que precisavam, muitas das vezes, sair de casa com 3 ou 4 horas de antecedência para conseguir iniciar sua jornada de trabalho no horário determinado.
Dentre esse monte de inovações, pode-se afirmar que poucos aderiram à proposta de utilizar a internet como meio profissional, uma vez que, até então, a mesma era sinônimo relacionado à socialização e entretenimento.
Até que em março de 2020, o mundo foi acometido pela pandemia do covid-19, fazendo com que as autoridades estatais, tomassem uma série de medidas para coibir a disseminação do vírus, estando entre elas, o isolamento social, que impactou o setor econômico e obrigou os empresários, por exemplo, em suspenderem alguns de seus contratos de trabalho, migrar sua mão de obra para o meio digital e, consequentemente, adotarem o trabalho remoto, uma nova proposta de relações profissionais, prevista na reforma trabalhista desde 2017, que outrora não foi adotada pela natureza conservadora do ser humano.
A partir daí, o processo só evoluiu, vez que, conforme a proposta inicial da tecnologia, como ocorreu com a comunicação, a prestação de serviços e oferta de produtos, não se limitam mais ao âmbito geográfico, o que tem trazido novos conceitos aos empreendedores.
Hoje, temos a possibilidade de um profissional, por exemplo, prestar serviços a empresas de diferentes Estados e ser tão presente quanto aquele que trabalha no regime celetista tradicional. Os softwares responsáveis por tanto, estão cada vez mais inovadores, tornando a distância, um fator cada vez mais irrelevante nas relações de trabalho. Assim, a tendência é que o home office, assim apelidado o trabalho remoto, se torne a modalidade mais utilizada pelas organizações.
A pandemia pegou as empresas desprevenidas, mas também provou que o trabalho pode acontecer de forma eficaz com funcionários remotos e pode resultar em melhorias na produtividade e custos mais baixos.
A atuação das empresas na internet, também foi fomentada pela pandemia, vez que, mediante a impossibilidade de locomoção, as pessoas passaram a se valer da tecnologia para a maioria de suas atividades, o que desconstruiu o conceito passado que limitava a rede mundial de computadores à comunicação e entretenimento.
Assim, muitas organizações passaram a utilizar os canais digitais para conquistar novos clientes, amparados pelo marketing digital, área que ganhou destaque durante a pandemia, e que trouxe novas profissões, como, por exemplo, o social mídia, profissional responsável pelo gerenciamento das mídias sociais tais como, sites, blogs e redes sociais, em geral.
Além das empresas preexistentes, diversas startups foram criadas com o foco de facilitar a vida do consumidor por meio da tecnologia e por conta disso, nasceram as "techs", que propõem uma inovação dos processos tradicionais de uma determinada área.
Para fins de esclarecimentos, vale mencionar algumas delas: as organizações que objetivam as finanças, por exemplo, são chamadas "fintechs"; já as que possuem foco em desburocratização da área de seguros, são as "insurtechs" e aquelas que trabalham com compliance atendem por "regtechs".
Diante do apanhado exposto no decorrer do presente artigo, pode-se afirmar que ninguém poderia prever onde 2020 e 2021 nos levariam. Pesquisas revelam que, durante a pandemia, foram produzidas mais transformações digitais do que na última década. A tecnologia veio para mudar e impactar o mundo, e as mudanças que passamos até agora, não superam o que está por vir.
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