Antifrágil: Foregon cresce 86 vezes sem aportes em um mercado que movimenta 9,4 bilhões de dólares em investimentos
O termo bootstrapping é bem comum no universo das startups, ou seja, empresas que iniciam e expandem suas atividades em autofinanciamento. O contexto significa utilizar parte dos recursos para reinvestir no negócio de forma lucrativa e sustentável.

No Brasil, as startups receberam um total de US$ 9,4 bilhões em investimentos no ano passado, segundo levantamento da plataforma Distrito divulgado em janeiro deste ano. O número é 2,5 vezes maior que o investido em 2020, e o maior desde o início do estudo, em 2011.
Ao todo, foram 779 transações envolvendo aportes em startups. No mês de dezembro, os investimentos foram de US$ 550 milhões, com 46 rodadas de aportes. Em 2011, quando o levantamento começou, foram aportados US$ 147 milhões.
O levantamento também apontou que o setor que mais recebeu investimentos foi o de startups da área financeira, as fintechs. Juntas captaram US$ 3,7 bilhões, com 176 rodadas de investimentos.
Sem investimentos iniciais a Foregon pivotou um novo modelo de negócio em meados de 2016 e estruturou uma empresa auto suficiente e sem investimentos adicionais. De lá pra cá, cresceu sua receita 86 vezes, com um crescimento médio anual de mais de 144%. Segundo Gustavo Marquini, CEO da fintech, a escolha foi direcionada colocando o usuário no centro de toda a operação.
"Escolhemos amadurecer a operação com sustentabilidade. Primeiro entendemos o que era sólido, o que funcionava com a validação de mercado e o que precisava ser alterado, reestruturando a infraestrutura tecnológica, por exemplo. Em 2017 nossa estratégia foi estruturada para manter o negócio de pé e rentabilizar com foco no breakeven da operação. Em onze meses conseguimos equilibrar o que a gente gastava com o que a gente ganhava. Desde então, entendemos que o modelo de negócio era lucrativo" explica Gustavo.
No ano seguinte a fintech escalou a operação com base em ADS, a tradicional propaganda que vimos nos sites que visitamos. Os anúncios proporcionam estabilidade financeira à fintech, mas também virou outra chave.
"Entendemos que a escala em ADS era saudável dentro de uma visão de curto prazo e não era o que estávamos buscando. Então, nós nos reestruturamos novamente focando mais em soluções, ou seja, na conversão de produtos financeiros, experimentando outras frentes, como novos canais, por exemplo. Assim, passamos a depender menos dos anúncios trazendo robustez a nossa operação, proporcionando uma melhor experiência às pessoas que buscam nosso marketplace", completa.
Com a chegada da pandemia o mercado experimentou diferentes incertezas na economia e a redução de crédito foi uma delas. Com isso a Foregon surfou novamente na onda da manutenção dos seus serviços e soluções apostando em uma gestão estruturada sem almejar um crescimento agressivo, mas que vem acima da média do mercado a cada ano.
"Aproveitamos para investir em cultura. Redesenhamos nossos valores e processos, incluímos ritos culturais e operacionais. O direcionamento foi estruturado em um planejamento estratégico com base onde queremos estar daqui a cinco anos. Temos metas claras e objetivos entre equipes focadas no negócio. Com isso, estamos crescendo em média 144% ao ano nos últimos 6 anos, e no último ano crescemos o nosso faturamento acima dessa média.".
Gustavo finaliza dizendo que não descarta a possibilidade de investimentos, porém, reforça que é muito mais confortável expandir com a casa em ordem e lucrativa.

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