Auxílio Brasil poderá provocar impactos na economia
O Auxílio Brasil, programa que visa substituir o Bolsa Família, se aprovado, irá conceder aos seus beneficiários o valor médio de R$ 300, ou seja, cerca de R$ 190 a mais que o atual. Entretanto, para que essa mudança ocorra, é necessário ampliar os recursos a fim de pagar um valor mais alto a um maior grupo.

Atualmente, a maior aposta para atenuar a situação é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios. No entanto, esta, por sua vez, busca parcelar dívidas da União que possuem origem em decisões judiciais. Caso firmada, o Governo Federal deverá utilizar a verba economizada para bancar o novo programa
Auxílio Brasil e Bolsa Família
O Auxílio Emergencial foi criado durante a pandemia para amenizar a situação financeira de brasileiros que sentiram os impactos econômicos causados pela Covid-19. Todos aqueles que comprovaram uma baixa renda, dentre outros requisitos mínimos, puderam usufruir do benefício.
Logo, os participantes do Bolsa Família optaram pelo novo benefício, o que gerou uma economia significativa do programa. Atualmente, o Auxílio Brasil já conta com R$ 7,7 bilhões que sobraram do Bolsa Família.
Imposto sobre Operações Financeiras
Segundo pesquisa realizada pelo Valor Econômico, os valores do orçamento totalizam um aumento de 17% do Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF). Isso significa que R$ 1,6 bilhões do total dos recursos está disponível.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, indica que este valor de impostos representa o cumprimento das leis de Responsabilidade Fiscal. E, de acordo com a legislação, é necessário que a arrecadação aumente no caso de mais gastos do Governo Federal.
Neste caso, como o novo programa busca disponibilizar um valor maior para mais pessoas, é necessário ter uma segurança com a arrecadação. A gestão indica que pretende atender 17 milhões de famílias o que representa três milhões a mais do que a quantidade atual.
Economia em 2022 poderá ser complicada
O próximo ano promete ser complexo, visto todas as movimentações que o Governo Federal pretende realizar com o Auxílio Brasil. Além disso, os impactos da pandemia da Covid-19 e as eleições presidenciais devem ser fatores a serem observados com atenção.
Em entrevista à CNN, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, explicou que o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sinaliza as prioridades da gestão atual. Vale entender que isso pode significar alguns desafios para a economia do país.
"Vai ser um ano fiscal difícil, com contingenciamento para pagar o mínimo, com continuidade de deterioração fiscal e economia disfuncional. Com o governo sem conseguir implementar uma política monetária, o crescimento será baixo", afirma o economista.
Além disso, ele prevê um crescimento entre 0,4% e 1% para 2022, número cinco vezes menor do que se estima para o restante do mundo. Um dos motivos, seria o aumento de juros para conter a inflação somado a alta do IOF.
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