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Blockchain: saiba o que é e qual o seu impacto no sistema financeiro

Por Camila SilveiraPublicado em

Depois do pronunciamento do dono do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre a mudança do nome da empresa para Meta, outro termo do universo tecnológico passou a fazer parte dos noticiários: a Blockchain. Afinal, o que isso significa e qual é o seu impacto no sistema financeiro? Descubra tudo isso, neste artigo.

O que você procura?

O que é a Blockhain?

A Blockchain pode ser definida como uma cadeia de blocos sequenciais que contém os dados das transações dessa rede.

O primeiro bloco armazena informações de um conjunto de transações e o segundo é conectado e dependente do primeiro, que guarda, por sua vez, os seus próprios dados. O terceiro é conectado aos dois anteriores e armazena as suas informações, assim sucessivamente.

Cada um desses blocos tem um registro de tempo e data e a cada dez minutos um novo bloco é gerado se ligando ao anterior.

A partir do momento em que as informações passam para o próximo bloco, elas são criptografadas e se tornam um código formado por uma operação matemática, chamado de hash.

Esse código funciona como uma impressão digital do que está armazenado ali e, por isso, qualquer mínimo detalhe faz com que o hash seja diferente.

Todo esse processo resulta em uma cadeia de blocos com dados armazenados e criptografados, mais conhecido como Blockchain.

A Blockchain é segura?

Pelo fato de ser uma rede nova e desconhecida pela maioria das pessoas, a Blockchain acaba gerando dúvidas e receios em relação a sua segurança. Apesar disso, é uma rede extremamente segura, como explica os seguintes fatores:

Descentralização

Todos os blocos são verificados e registrados pelos mineradores, que estão espalhados pelo mundo todo, contendo computadores potentes conectados 24 horas por dia para fazerem as verificações necessárias.

A descentralização é um dos fatores que contribuem para a segurança do sistema Blockchain, até porque a informação não fica concentrada em apenas um servidor, o que acaba evitando golpes por parte dos hackers.

Por isso, quando existe algum vazamento de dados noticiado, ele provavelmente não aconteceu na Blockchain em si, mas em alguma corretora de criptomoedas que possui os dados dos investidores, por exemplo.

Ledger distribuído

Como mencionamos anteriormente, a Blockchain é composta por uma rede de pessoas e computadores diferentes. Todos eles têm acesso ao ledger, que é uma espécie de livro de registros.

Nesse livro, estão todas as transações realizadas, podendo os dados sobre elas serem públicos ou privados. Caso sejam privados, os dados permanecem ocultos, como a origem e o destino da transferência.

Por outro lado, quando as informações são públicas, como é o caso das moedas virtuais, o processo de mineração faz com que a transação tenha que ser provada verdadeira para uma quantidade alta de outros membros da rede.

Irreversibilidade

O próprio conceito de Blockchain, em que um bloco só pode gerar um hash se houver o bloco anterior, já é um fator que contribui para a segurança dessa rede. Nela, não é possível haver uma alteração do bloco, pois qualquer mudança altera o hash e denuncia que o sistema foi comprometido.

Além disso, a geração de hash a cada dez minutos é outra condição que torna a Blockchain segura.

Uma transação mais antiga teria tantos hashs gerados, que para acessar os dados da transferências seria praticamente impossível. Como todos os blocos estão interligados e dependentes do anterior, para adicionar um bloco fraudulento, seria necessário, também, falsificar todo o histórico de blocos da Blockchain.

Smart Contract

Por fim, o Smart Conctract, ou Contrato Inteligente em português, é o acordo firmado entre os usuários da rede por meio de um contrato criptografado, comprovando que tudo o que acontece na BlockChain seja fiscalizado.

Esse tipo de contrato é diferente do comum que conhecemos, já que ele não corre o risco de se perder. Assim que acordado, as cláusulas já começam a valer automaticamente.

Adicionalmente, como os contratos são registrados dentro da Blockchain, de maneira semelhante às próprias transações, ele também se torna imutável.

Qual o impacto da Blockchain no sistema financeiro?

Embora a Blockchain seja muito relacionada ao Bitcoin e ao universo das criptomoedas, esse sistema tem diversas possibilidades de aplicação nos dias atuais. Setores como administração, contabilidade, comunicação, entre outros, já começaram a ser explorados.

Como é o caso do metaverso, no qual apostam que o caminho para uma maior inovação tecnológica é a Blockchain.

No sistema financeiro, por exemplo, essa cadeia de blocos já surgiu há um tempo com o aparecimento das criptomoedas. Na época, grandes expectativas foram colocadas nessas novas moedas com independência governamental. Hoje em dia, elas se tornaram uma vertente na carteira de investimentos.

De toda maneira, com os avanços tecnológicos surgindo e com a Blockchain tomando cada vez mais espaços, alguns impactos podem vir a ocorrer na economia.

O primeiro deles é voltado para a automatização, em que a rapidez dos processos se torna uma grande vantagem. O outro é referente à segurança dos processos, que possuem um princípio de transparência firmado entre a rede de usuários.

Por fim, percebe-se uma aproximação da democratização do sistema, partindo da descentralização concedida pela Blockchain.

Exemplo de uso da Blockchain

Um exemplo de utilização da tecnologia Blockchain são os tokens, ativos digitais que representam um bem real.

A maioria das criptomoedas, por exemplo, são tokens criados a partir de Contratos Inteligentes e que se comportam de maneira bem parecida à outras moedas. No entanto, a virtual utiliza "emprestada" a Blockchain de uma moeda maior, como a  Ethereum, Cardano, Solana, Avalanche, Binance Smart Chain e várias outras.

Descomplicamos?

Esperamos ter esclarecido as suas dúvidas sobre a Blockchain. Se você gostou do conteúdo, deixe a sua curtida ou o seu comentário aqui embaixo e até a próxima!

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Camila Silveira

Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.

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