Como os apagões podem prejudicar economia em 2022?
Paulo Feldman, ex-presidente da Eletropaulo, afirmou em entrevista concedida à CNN que é inevitável que o Brasil tenha apagões ainda em 2021 e que a crise hídrica afetará diretamente a economia no próximo ano.

O país vive a pior crise hídrica dos últimos 90 anos, sendo que a maior parte dos reservatórios opera no limite. Esse impacto já pode ser sentido na conta de energia.
"Há um risco de termos apagões porque estamos com os níveis dos reservatórios muito baixos e precisaríamos que chovesse muito agora, o que não vai acontecer. Então é inevitável que tenhamos alguns apagões pelo Brasil afora. Isso é lamentável, porque vai prejudicar a economia brasileira e é capaz que piore a inflação, porque com a falta de energia, haverá um encarecimento ainda maior da tarifa, e a energia elétrica repercute em tudo", afirmou Feldman à CNN.
O cenário poderia ser melhor se medidas tivessem sido tomadas há dois anos, quando a estiagem já era prevista. De acordo com o ex-presidente da Eletropaulo, algumas medidas poderiam ter sido tomadas para evitar o cenário atual e o que está por vir.
Além de ter começado o racionamento há alguns meses, as termelétricas deveriam ter sido ligadas com mais antecedência.
"Elas são usadas para substituir a energia hídrica, que vem da água, mas deixamos para ligá-las há poucos meses, muito em cima da hora. Se tivéssemos ligado há dois anos, teríamos poupado água", diz.
Feldman ainda afirma que, infelizmente, providências mais rígidas deverão ser tomadas, como racionamento e aumento ainda maior da tarifa de energia elétrica. Outro ponto preocupante é que, provavelmente, o Brasil terá que comprar energia de países vizinhos (Paraguai e Argentina), assim como foi feito em 2001.

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Horário de verão
Paulo Feldman complementou suas falas e diz ser a favor a volta do horário de verão, no entanto, ele afirma que o impacto causado é mínimo levando em conta as condições em que a crise hídrica se encontra.
"O horário de verão tem um impacto de 1% de energia. Claro que atenua a crise, mas é muito pouco diante da situação que poderemos ter.", diz Feldman
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