Fazer um empréstimo PJ ou antecipar vendas do cartão? Veja qual é mais vantajoso
Todo empreendedor sabe que, em determinado momento, é necessário ter acesso a alguns recursos financeiros para manter o negócio em pleno funcionamento. Sendo assim, nesses casos, qual seria a melhor alternativa: fazer um empréstimo PJ ou antecipar as vendas do cartão? Confira detalhes e esclareça as suas dúvidas.
O que você procura?
Empréstimo PJ e antecipação de recebíveis
A antecipação de recebíveis, ou seja, de pagamentos realizados no cartão de crédito, pode ser uma boa opção em diversos casos.
Essa antecipação permite ao empreendedor o recebimento dos valores totais em um prazo menor, especialmente nos casos das vendas parceladas, que auxiliam a empresa a ter uma movimentação em seu caixa.
O empréstimo, por sua vez, trata-se de um valor disponibilizado ao empreendedor, e que será pago a médio ou longo prazo.

Para saber qual é a melhor alternativa, é necessário entender em quais cenários cada opção pode se tornar um bom negócio ou não.

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Confira as principais vantagens e desvantagens de cada um dos investimentos e quando cada um é recomendado, de acordo com Gabriel Motomura, head da área de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) do Banco BTG+ business.
Empréstimo PJ e antecipação de recebíveis: vantagens e desvantagens
Empréstimo
A principal vantagem do empréstimo em relação à antecipação é que você consegue equilibrar melhor o fluxo de pagamento com a geração de caixa do seu negócio, de acordo com o nível da sua operação.
Além disso, é possível solicitar um empréstimo sem a obrigatoriedade de já ter efetuado alguma venda ou reposto o estoque, como no caso da antecipação.
Com um empréstimo PJ, o empreendedor também consegue negociar maiores prazos para pagamento e ter maior liberdade no uso dos recursos.
Apesar disso, vale ressaltar que ele costuma ter processos um pouco mais burocráticos de avaliação de crédito, o que aumenta o tempo de espera de aprovação em comparação com o processo de antecipação de pagamentos do cartão.
Antecipação de recebíveis
A antecipação de recebíveis tem como principal vantagem a aceleração dos prazos de pagamento para os fornecedores.
No caso das Pequenas e Médias Empresas, é comum que alguns fornecedores exijam o pagamento à vista para a entrega dos produtos, e a antecipação de recebíveis pode ser a opção ideal para isso.
Apesar disso, a antecipação não oferece uma maior liberdade para o uso dos recursos, como é o caso do empréstimo. Essa opção exige um controle maior por parte do empreendedor e também um melhor planejamento.
Afinal, qual é a melhor opção?
De acordo com Motomura, os dois recursos devem ser vistos não somente como formas emergenciais de auxílio ao empreendedor, mas como investimentos.
Para ele, o empréstimo pode ser bom para quem está investindo em ativos fixos e de longo prazo. Com um maior prazo para pagamento, o empreendedor consegue pagar o seu empréstimo com os recursos resultantes de seu investimento, mesmo que eles demorem um pouco para aparecerem.
O empréstimo PJ, portanto, também é aconselhado na tomada de valores que não conseguem ser pagos pelo empreendedor em apenas um ciclo de venda, como acontece com a antecipação, devido ao maior prazo de pagamento.
Já no caso da antecipação de recebíveis, os momentos mais recomendados são quando o empresário está sem movimentação no caixa.
Segundo Motomura, essa opção é adequada quando a empresa deseja reduzir ou agilizar o seu ciclo de venda e quando também costuma realizar muitas vendas de forma parcelada.
"Se uma empreendedora tem uma margem de lucro de R$ 50 pela venda de um produto, mas parcela em seis vezes, ela só terá acesso ao dinheiro após esse período", afirma.
Dessa forma, a antecipação, feita no final de cada mês, pode permitir que a empreendedora tenha acesso ao valor 12 vezes. Para as Pequenas e Médias Empresas, a antecipação pode trazer um maior fôlego no fluxo de caixa.
Embora as duas soluções sejam de grande ajuda ao empreendedor, o especialista destaca a importância de avaliar alguns pontos críticos antes de manter a empresa em operação constante com o uso desses dois recursos. Um deles, segundo Motomura, é uma perspectiva positiva para vendas e crescimento.
"A ideia é acelerar o giro, e se ao olhar o mercado, o empreendedor não ver boas projeções, o investimento não vale a pena, e manter o fluxo normal é o mais recomendado", diz.
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Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.
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