Golpe do Pix “Errado": Como se Proteger
Escrito por Thais Souza
Atualizado emNos últimos anos, o Pix se tornou uma ferramenta popular entre os brasileiros devido à sua facilidade e rapidez nas transferências. No entanto, como acontece com qualquer tecnologia amplamente utilizada, os criminosos têm encontrado maneiras de se aproveitar dela para aplicar fraudes. Um exemplo recente é o golpe do Pix "errado", que se baseia na boa fé das pessoas para enganá-las.
O golpe se utiliza do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar o ressarcimento de pessoas que enviam dinheiro por engano ou são vítimas de fraudes. Apesar de ser uma medida importante de proteção, golpistas têm explorado esse recurso para cometer fraudes.
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Neste conteúdo, você aprende a se proteger contra o golpe do Pix "errado" com as dicas dos nossos especialistas!
Conheça o golpe do Pix "Errado"
O golpe do Pix errado começa quando o criminoso faz uma transferência de um valor, muitas vezes pequeno, para a vítima, utilizando uma chave Pix fácil de encontrar, como o número de celular. Em seguida, o golpista entra em contato com a vítima pelo WhatsApp, SMS ou até mesmo por ligação, alegando que cometeu um erro e que a transferência foi feita por engano.
O criminoso usa táticas de urgência e pressão para convencer a vítima a devolver o dinheiro. Ao verificar o saldo da conta, a vítima realmente vê o valor da transferência e, na tentativa de ser honesta, aceita devolvê-lo. No entanto, ao invés de devolver o dinheiro para a mesma conta de origem, a vítima acaba transferindo o valor para outra chave Pix, fornecida pelo golpista.
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi criado justamente para ressarcir as pessoas que caíram em golpes ou transferiram valores para uma conta errada.
O golpista entra em contato com o banco alegando ter sido vítima de um golpe e pede a devolução pelo MED. Quando os bancos analisam a transação, percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e rapidamente o transferiu para uma terceira conta.
Então, o banco acredita que a vítima, na verdade, foi quem aplicou o golpe.Como resultado, ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada.
Assim, o golpista, que já havia recebido o dinheiro de volta voluntariamente, também recebe o mesmo valor da conta da vítima.
Como evitar o golpe do Pix "errado"?
Esse tipo de golpe pode ser muito convincente, mas é possível se proteger ao seguir algumas dicas simples:
- Desconfie de mensagens de desconhecidos: Se alguém entrar em contato afirmando que transferiu dinheiro por engano, sempre desconfie. É importante não agir com pressa e verificar todas as informações com calma.
- Verifique o depósito: Antes de realizar qualquer devolução, confirme se o valor realmente foi depositado em sua conta. Consulte o extrato detalhado do seu banco para garantir que o dinheiro está lá.
- Nunca devolva dinheiro para outra conta: Caso decida devolver o valor, sempre transfira de volta para a conta que enviou originalmente o Pix. Se a pessoa insistir em uma chave diferente, considere isso um sinal de alerta.
- Cuidado com histórias emocionantes: Golpistas costumam criar histórias comoventes para convencer as vítimas a agirem rapidamente. Mantenha a calma e não se deixe levar pela pressão emocional.
- Ative notificações do banco: Habilite todas as notificações possíveis do seu banco, como alertas por SMS ou push, para ser informado de qualquer movimentação na sua conta em tempo real. Isso permite agir rapidamente caso algo suspeito aconteça.
O que fazer se cair no golpe?
Se você for vítima de um golpe envolvendo o Pix "errado", é importante agir rapidamente:
- Entre em contato com o banco: Avise o seu banco imediatamente para tentar bloquear a transação ou rastrear o dinheiro. Alguns bancos possuem mecanismos internos para tentar reverter a situação.
- Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.): Sempre registre um B.O. para formalizar a denúncia. Isso pode ser crucial para investigações futuras e para que você tenha respaldo legal em caso de disputa com o banco.
- Acompanhe o processo: Fique atento ao retorno do seu banco e, se necessário, procure um advogado para orientações sobre os próximos passos.