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Pix: da facilidade nas transações ao crescimento nos golpes e mudança nas regras

Por Fintechs BrasilPublicado em

A praticidade do uso do Pix conquistou os brasileiros. Segundo estatísticas publicadas no site do Banco Central (BC), são 330.766.882 chaves cadastradas até o dia 30 de setembro de 2021. SIM, mais de 330 MILHÕES!

De acordo com a primeira edição do Estudo Pix Gmattos, conduzido pela consultoria Gmattos, a representatividade do Pix entre os pagamentos por meios eletrônicos no comércio brasileiro – online e físico – deu um salto entre o primeiro e o segundo trimestres de 2021, saindo de 1,16% para 2,16%.

Mas, ao mesmo tempo, essa facilidade trouxe uma grave consequência: o aumento de crimes. As estatísticas comprovam. Quer ver algumas?

  1. Entre janeiro e julho deste ano, os sequestros relâmpagos aumentaram 39% somente no Estado de São Paulo;
  2. O Procon-SP registrou 3.334 reclamações relacionadas ao Pix;
  3. De acordo o DfndrLab, da PSafe, laboratório especializado em segurança digital; apenas no primeiro semestre de 2021 aconteceram mais de 2,3 milhões de registros de fraudes para roubo de dados bancários e de cartão de crédito.

A fim de conter a onda de fraudes, o BC publicou, em 23/9, a Resolução 142, que dispõe sobre procedimentos e controles para prevenção de fraudes na prestação de serviços de pagamento a serem adotados pelas instituições financeiras e instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). As mudanças passaram a valer em 4/10.

Uma semana depois, o BC avançou ainda mais, com a Resolução 147 – que, entre outras coisas, responsabiliza os bancos por fraudes caso seja comprovado que faltou mecanismos para evitá-las.

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Estas últimas alterações começarão a valer só no dia 16/11 – dia em que o Pix comemora um ano de vida. As que já estão em vigor são:

  • A soma das operações realizadas entre pessoas físicas está limitada a R$ 1 mil entre 20h e 6h;
  • Os usuários podem reduzir ou aumentar esse limite conforme a necessidade e ainda estabelecer margens diferentes para o período do dia e da noite;
  • O cadastramento prévio de contas na plataforma passa a ser efetivado em um prazo de 24 horas, impedindo o registro imediato em situação de risco;
  • As transações ficarão retidas por meia hora durante o dia e por até uma hora durante a noite para análise de risco da operação, dificultando movimentações suspeitas;
  • As instituições deverão adotar controles adicionais em relação a transações envolvendo contas vinculadas ao Pix, combatendo, assim, a utilização de contas de aluguel ou "laranjas".

Além das alterações feitas pelo BC, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou a campanha Pare & Pense #PodeSerGolpe, visando educar a população sobre maneiras de se proteger de fraudes.

A campanha veio após a publicação da resolução 147, que altera alguns artigos e incisos do documento nº1, de agosto de 2020 – primeira resolução relacionada ao Pix – deixando claro que as instituições que ofertam o Pix a seus clientes têm o dever de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos, compreendendo a inobservância de medidas de gestão de risco.

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Destaques do mês

Inclusão financeira

  • Surf mergulha na classe C e D para incluir e educar digital e financeiramente os mais vulneráveis;
  • Santander anuncia aumento da rede de atendimento a MPEs; em 18 meses, emprestou R$ 2,5 bi a 1,5 milhão de pessoas;
  • Transação offline do real digital gera inclusão, dizem especialistas.

Aportes

  • ADDI arrecada mais de R$ 390 milhões em novo aporte de capital liderado pela Greycroft;
  • Goldman Sachs compra a fintechGreenSky nos EUA; negócio é avaliado em US$ 2,24 bi e será concluído até o começo de 2022;
  • Startup de investimentos Gank recebe aporte de R$ 8 milhões liderada pela Canary para iniciar operação;
  • Porto Seguro compra 74,6% da fintech Atar, de BaaS; valor não foi revelado – por Sonho Seguro;
  • Dynasty começa recompra de tokens D¥NS para queimá-los; no dia 9, serão mais US$ 31,8 mil – por Blocknews;
  • iClubs, de gestão de programas de fidelidade, recebe aporte de R$ 5 milhões do BTG Pactual.

Estudos e relatórios

  • Segundo o Instituto Propague, da Stone, as compras remotas com cartões de crédito cresceram 46,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao período anterior, atingindo a marca de R$ 135 bilhões. As compras por aproximação cresceram 85% no mesmo período, alcançando R$ 34,4 bilhões;
  • A KPMG aponta que retomada setorial de private equity e venture capital permanece estável após um ano de pandemia;
  • As buscas por empréstimos na internet cresceram 47% em agosto deste ano, em comparação com agosto de 2020, acumulando uma alta de 26% em 2021 ante o ano anterior. A informação é do Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), relatório mensal produzido pela fintech de empréstimos online FinanZero;
  • O crescimento dos ataques cibernéticos tem impulsionado o ecossistema de cybertechs no Brasil e no mundo. De 2013 a 2021, o setor recebeu US$ 388 milhões em investimentos só no país, sendo que US$ 282 milhões desse total, ou seja, mais de 70, foram aportados somente nos últimos dois anos. É o que mostra o Inside Cybertech Report, relatório produzido pela plataforma de inovação aberta Distrito com apoio da Cisco.
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Fintechs Brasil

Fintechs Brasil é um portal de notícias sobre startups do mercado financeiro, criado pela jornalista Léa De Luca. É o lugar certo para encontrar tudo sobre fintechs no Brasil – principalmente notícias. O objetivo do portal Fintechs Brasil é dar voz e espaço às startups de serviços financeiros no Brasil, ampliando sua relevância. Acompanhamos, revelamos, entendemos e discutimos as fintechs que estão no mercado. Conversamos com empreendedores, usuários e financiadores destas startups, suas concorrentes e estudiosos do tema. Léa De Luca é jornalista especializada em escrever sobre finanças, negócios e tecnologia há mais de 30 anos. Já atuou em diversas redações de jornais e revistas, como a Folha de S. Paulo, Harvard Business Review Brasil, Gazeta Mercantil e muitas outras.

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