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Pós-pandemia: 5 tendências mais importantes no mercado de microcrédito

Por Camila SilveiraPublicado em

O empréstimo de pequenos valores para micro e pequenas empresas, mais conhecido como microcrédito, é uma alternativa que viabiliza o avanço produtivo da população que possui baixa renda.

É justamente por isso que esse setor apresenta uma série de tendências que devem ser levadas em consideração em um contexto pós-pandêmico.

De acordo com um relatório lançado pelo think tank European Microfinance Platform (e-MFP), existem cinco tendências mais importantes no mercado de microfinanças.

Além do impacto da pandemia, os resultados mostraram uma série de desafios interligados, que são a digitalização, a igualdade de gênero e a mudança climática.

"As áreas de foco ligadas ao digital, gênero e clima estão quase virando uma santíssima trindade." brincou Antonique Koning, especialista do setor financeiro para a organização internacional CGAP.

"Eu não acho que seja uma moda, é um reflexo do que é o mundo hoje", completou.

Confira as informações a seguir e esclareça as suas dúvidas sobre essas cinco principais tendências do microcrédito atualmente!

O que você procura?

Pós-pandemia: 5 tendências mais importantes no mercado de microcrédito

1. Fortalecer a resiliência dos pequenos negócios

De acordo com os agentes entrevistados pela e-MFP, a sobrevivência dos pequenos negócios atendidos pelo microcrédito foi a principal tendência a ser seguida pelo setor.

A décima edição da pesquisa do Sebrae em parceria com a FGV, "O impacto da pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios", mostrou que 57% dos empresários brasileiros estão aflitos com o futuro de suas empresas, e 65% tiveram queda no faturamento anual no ano de 2020.

A preocupação das instituições de microcrédito não vem somente do reconhecimento da fragilidade dos clientes devido ao isolamento social e à redução dos níveis de atividade econômica. Ela também vem de outros processos que ocorrem em paralelo à pandemia, como o impacto da digitalização sobre os microempreendedores e ameaças climáticas.

Para fortalecer os pequenos negócios, os agentes do microcrédito destacaram que é preciso colocar as necessidades dos microempreendedores no centro do negócio e oferecer outros serviços financeiros que formam uma rede de segurança para momentos de crise, como contas de poupança e seguros.

"O setor financeiro está se diversificando e se tornando mais complexo. Nesse cenário, nós precisamos manter o foco nas necessidades dos clientes, e mais precisamente as necessidades que esses clientes têm na economia real, para gerar renda e garantir o acesso a serviços essenciais", disse Antonique Koning.

2. Apoiar o empoderamento feminino e a igualdade de gênero

Segundo Noémie Renier, da investidora Incofin Investment Management, a pandemia ameaça o processo do empoderamento feminino, aumentando as desigualdades e colocando milhões de mulheres em risco de pobreza.

"Há muito por fazer, em termos de prover o acesso adequado a serviços financeiros e não financeiros (como treinamentos, mentorias e networking)", afirmou.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) estima que a pandemia tenha gerado um retrocesso de mais de uma década na participação das mulheres no mercado de trabalho, o que contribuiu para o novo total de 118 milhões de latino-americanas em situação de pobreza, 23 milhões a mais do que em 2019.

3. Criar inovações digitais

Se os canais digitais já eram importantes antes de 2020, durante a pandemia eles se tornaram indispensáveis em diversos países e setores, inclusive no de microcrédito. A digitalização será fundamental para garantir a continuidade da oferta de serviços que, antes, eram disponibilizados somente no ambiente físico.

4. Expandir o alcance do microcrédito às pessoas que estão em extrema pobreza

Segundo uma estimativa da Organização Internacional do Trabalho, mais de 100 milhões de profissionais entraram para as categorias de "pobre" ou "muito pobre" desde 2019, devido aos efeitos da pandemia do coronavírus. Essas famílias vivem com menos de US$ 3,20 por dia.

O setor de microcrédito, portanto, passou a ter maior relevância para a oferta de soluções para clientes muito pobres.

5. Digitalizar os processos nas instituições de microcrédito

Além da digitalização dos canais de comunicação com os clientes, a digitalização das próprias instituições de crédito foi a quinta maior tendência identificada. Essa tendência tinha ocupado o primeiro lugar em 2019.

A queda na lista de prioridades pode ser o reflexo do rápido processo de digitalização que as organizações de microcrédito tiveram nos últimos anos.

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Camila Silveira

Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.

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