Posicionamento atual do governo é responsável por parte da inflação
A pandemia da Covid-19 surpreendeu negativamente a economia de diversos países, principalmente a do Brasil. No entanto, o momento turbulento causado pelo coronavírus não é o único responsável pela inflação atual.
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Posicionamentos do governo
Se por um lado a pandemia afetou a produção e logística de produtos e serviços, resultando em um contexto de oferta restrita. Por outro, é perceptível a má implementação de políticas que poderiam auxiliar o processo de recuperação da economia.
Desde o começo da quarentena, não houve estratégias por parte do governo federal para controlar a pandemia, inclusive para conter o contágio e, agora, avançar a vacinação.
No caso da inflação no Brasil, existem alguns elementos particulares que potencializam o aumento contínuo dos preços da economia, como as questões climáticas _ estiagem e geada _ e a forma como instituições de poder do país lidam com essas adversidades.
Como citamos anteriormente, a questão climática afeta diretamente a economia, especificamente os preços dos alimentos e da energia elétrica que, atualmente, encontram-se em uma alta histórica.
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Outro ponto que agrava a inflação é que o real tem se mantido desvalorizado em relação ao dólar. Exercícios de tendências, que foram realizados recentemente, apontam que se o câmbio estivesse em linha com os fundamentos, a inflação em 2020 teria sido de 3,3% em vez de 4.5%, 1,2 ponto percentual menor.
Os mesmos exercícios apontam para 2021, um impacto de 0,9 ponto percentual. Logo, a projeção atual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7%, seria mais próxima de 6%.
Efeitos da inflação
De modo geral, a inflação afeta toda a sociedade, mas, os danos mais graves causados por essa alta podem ser vistos entre famílias de baixa renda, que sofrem com a falta de oportunidades e até mesmo comida na mesa.
De acordo com dados da Pnad, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando os empregos formais e informais ligados ao setor privado, setor público, trabalhado doméstico, autônomo ou não, atualmente, o país possui 6,9 milhões de desempregados a mais que no começo da pandemia.
Como consequência da inflação e do desemprego, o poder de compra das famílias brasileiras também caiu. Isso porque diversos gastos essenciais precisam ser mantidos, como alimentação, transporte, educação e, principalmente, saúde.
Conclusão
Após a apresentação dos fatos, é possível notar que uma parte da inflação está ligada a fatores sobre os quais se tem pouca influência, como a pandemia e condições climáticas, mas que também são influenciadas diretamente pelo governo. Já a outra parte é totalmente relacionada ao posicionamento do atual governo.
Como conclusão, infelizmente, boa parte dessa inflação poderia ter sido evitada com uma gestão de compromissos por parte da política econômica, especialmente em seu pilar fiscal.
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