Selic: quais são os melhores investimentos de acordo com a taxa básica de juros?
Você sabia que entre as perguntas mais feitas no Google estão "onde investir com a Selic em alta" e "onde investir com a Selic em baixa"?
Elas surgem, principalmente, quando acontecem as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A cada 45 dias, portanto, as pessoas procuram as melhores alternativas de investimento conforme a taxa básica de juros.
Mas, afinal, como essa taxa realmente afeta o mundo dos investimentos? E o que os investidores normalmente procuram quando ela altera? Quais ativos do mercado se tornam mais desejados em situações de baixa ou alta?
Neste artigo, você vai esclarecer todas essas dúvidas e aprender como investir no mercado financeiro de forma correta!

O que você procura?
Como a taxa Selic afeta o mundo dos investimentos?
Antes de responder essa pergunta, é necessário entender que a definição da taxa Selic pelo Banco Central não tem como função principal determinar a rentabilidade dos investimentos. A taxa básica de juros é um mecanismo de autoridade monetária para conter o avanço da inflação ou facilitar o acesso ao crédito na economia.
Por exemplo, se a Selic está em alta, a ideia do Banco Central é diminuir a circulação da moeda e tornar os empréstimos mais caros. Tais estratégias freiam a subida dos preços. Já quando a Selic está em baixa, o objetivo é o contrário: facilitar o acesso ao crédito e aumentar a circulação do dinheiro na economia.
Além disso, a Selic guia a taxa DI, ou "taxa do CDI", que basicamente são os juros que os bancos cobram por empréstimos entre si.
A taxa do CDI, inclusive, é a principal referência dos investimentos de Renda Fixa que tendem a seguir de perto a Selic.
Por ter essa característica, o valor da taxa Selic determina se os investimentos de Renda Fixa vão ficar mais ou menos atrativos, principalmente quando comparados com outras aplicações disponíveis no mercado.
Além do mais, a taxa básica de juros afeta outros tipos de investimentos, como os Fundos Imobiliários de papel, que incluem produtos atrelados ao CDI nas suas carteiras, por exemplo.
Sabendo disso, essa é uma taxa que não vai ficar caindo ou subindo para sempre. Suas alterações vão depender de diagnósticos do Banco Central sobre o atual cenário, para entender se é necessário aumentar ou diminuir a circulação de dinheiro na economia.
É possível investir na taxa Selic?
Como você já deve ter percebido, não é possível investir na taxa Selic diretamente, até porque ela representa apenas um indicador de mercado para referência de empréstimos interbancários, financiamentos imobiliários e outras aplicações.
O que é possível fazer é aplicar em investimentos atrelados à Selic. Ou seja, investir em produtos financeiros que entregam rentabilidade próxima ao valor da taxa básica de juros do período.
Como investir de acordo com a taxa Selic?
Ao saber que a Selic guia a rentabilidade dos investimentos de Renda Fixa, você deve optar por aplicações atreladas à taxa básica de juros ou que remuneram igual ou acima dos 100% do CDI.
Ou seja, quanto maior for o rendimento em relação à taxa DI, maior será a rentabilidade final do investimento. Apesar disso, saiba que encontrar investimentos que pagam acima dos 100% do CDI é mais complicado em momentos em que a Selic estiver subindo.
Quais são os investimentos atrelados à taxa básica de juros?
- Tesouro Selic: título público que rende o valor da Selic acrescido de uma taxa pré-fixada;
- CDBs a 100% do CDI ou mais: títulos bancários de Renda Fixa;
- Contas digitais remuneradas: carteiras e contas digitais que fazem o dinheiro render 100% do CDI.
É importante lembrar que qualquer investimento que rende os 100% do CDI entregará um valor muito próximo da taxa Selic em vigência.
Selic em alta: onde investir?
Nos momentos em que a taxa estiver alta, os investidores tendem a olhar com mais atenção para os investimentos de Renda Fixa. Confira as opções:
- Tesouro Selic;
- Fundos de Renda Fixa;
- CDBs que rendem 100% do CDI ou mais;
- Fundos Imobiliários de papel com carteiras expostas à taxa DI;
- Contas remuneradas a 100% do CDI ou mais.
Selic em baixa: onde investir?
Por outro lado, quando a Selic está em uma trajetória baixa, o prêmio de risco nos investimentos em Renda Variável fica mais atrativo e os investidores tendem a aumentar o nível de risco de suas carteiras com aportes nos seguintes ativos:
- Ações;
- Fundos Imobiliários (FIIs);
- ETFs;
- BDRs;
- Fundos de ações e Fundos Multimercados.
Importância da diversificação de carteira
Como você já deve ter percebido, a Selic passa por períodos de altas e baixas, de acordo com as estratégias do Copom.
Quando torna-se impossível prever qual será o comportamento dessa taxa no futuro, principalmente em prazos mais estendidos, o investidor inteligente deve optar por uma carteira diversificada com diversos tipos de investimentos financeiros.
Dessa forma, você consegue se proteger contra os cenários econômicos, minimizando riscos e potencializando os resultados.
Taxa Selic x ganho real
Além da rentabilidade atrelada à Selic, o investidor deve se preocupar com o retorno real das suas aplicações, seja no curto, médio ou longo prazo.
Para quem não sabe, o ganho real é o resultado da rentabilidade total do investimento menos a inflação do período. Ele mostra se você realmente ganhou ou perdeu dinheiro com as suas aplicações.
Como já foi citado, a Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação ou aumentar a circulação de dinheiro na economia. Ou seja, se os seus investimentos estão atrelados a essa taxa, é recomendável fazer o comparativo entre o rendimento nominal (o que foi contratado) menos a inflação do período vigente.
Como investir no mercado financeiro?
Para investir em qualquer ativo no mercado financeiro, independentemente dele ser atrelado ou não à Selic, você precisa ter uma conta ativa em uma corretora de valores.
Confira nos artigos a seguir todas as orientações necessárias para realizar os principais tipos de investimentos de Renda Fixa e Variável para você elaborar a sua carteira:
Descomplicamos?
Esperamos ter esclarecido todas as suas dúvidas. Se você gostou do conteúdo, deixe a sua curtida ou o seu comentário para nós e até a próxima!

Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.
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