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Tripé dos investimentos: saiba o que é e como usá-lo a seu favor

Por Camila SilveiraPublicado em

Investir e não ver resultados imediatamente é uma situação comum, principalmente para quem não tem um conhecimento aprofundado acerca dos investimentos. O que pode ajudar nesses momentos, e que muita gente não conhece, é o chamado tripé dos investimentos – uma ferramenta de análise que te ajuda a escolher as melhores aplicações.

Neste artigo, você vai entender o que é tripé dos investimentos, conhecer suas vantagens e saber como usá-lo a seu favor. Continue a leitura e aproveite o conteúdo!

O que você procura?

O que é tripé dos investimentos?

O tripé dos investimentos, também conhecido como tripé financeiro, é uma ferramenta usada para analisar um ativo.

Ele basicamente leva em consideração três fatores: a liquidez, o risco e a rentabilidade do investimento. Como todo e qualquer ativo apresenta essas três características em níveis diferentes, você consegue identificar qual é a melhor opção fazendo essa análise.

Bases do tripé dos investimentos

1. Liquidez

De maneira resumida, a liquidez é a capacidade com que um investimento pode ser convertido em dinheiro real, ou seja, é a facilidade com que você consegue resgatar uma aplicação.

Algumas ações, por exemplo, costumam ter um alto volume de negociação. Sendo assim, elas acabam sendo mais líquidas, já que estão sendo sempre negociadas.

Caso você tenha esse tipo de ação, é provável que consiga vendê-la mais rápido. Por outro lado, os investimentos com baixa liquidez podem ser mais difíceis de serem vendidos e convertidos em dinheiro.

Vale ressaltar que existem ativos com baixa e zero liquidez. Por exemplo, uma ação pouco negociada tem uma baixa liquidez, enquanto um título de LCI não tem nenhuma liquidez.

A diferença entre os dois tipos de ativos é que enquanto a ação pode ser vendida assim que surge um comprador, a LCI deve ser mantida até a data de vencimento.

Liquidez e retorno

É interessante destacar que os ativos com baixa liquidez costumam oferecer uma rentabilidade maior. Isso acontece porque o seu dinheiro fica "preso" durante um tempo. Por outro lado, caso você precise do montante, terá dificuldades para resgatá-lo.

Apesar disso, ao investir você não deve levar em consideração somente o fator da liquidez, afinal, tanto a alta quanto a baixa liquidez podem ser vantajosas. Tudo vai depender do seu objetivo.

Se o seu objetivo é de longo prazo, a baixa liquidez pode ser positiva, afinal, você não pretende resgatar a aplicação tão cedo. Ainda assim, vale lembrar que o dinheiro aplicado não pode fazer falta no seu orçamento.

No entanto, se você for precisar do dinheiro a curto prazo, os ativos líquidos podem ser mais atrativos.

2. Risco

O segundo fator do tripé dos investimentos são os riscos dos ativos. Todo investimento tem um risco, até mesmo a tradicional poupança, que é considerada segura, tem um nível pequeno de risco. Apesar disso, os níveis mudam.

Por exemplo, os investimentos de Renda Fixa são mais seguros, afinal, boa parte deles são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os ativos de Renda Variável, por sua vez, são mais arriscados, já que não possuem garantias e são voláteis.

É importante lembrar que quanto mais arriscado for o investimento, mais rentabilidade ele oferece. Além disso, a escolha desses ativos deve ter como base o seu perfil de investidor. Veja detalhadamente:

  • Conservador: esse é o perfil da pessoa que prioriza a segurança dos seus recursos e que não está muito disposta a assumir riscos. O conservador evita comprometer o seu patrimônio, mesmo que a rentabilidade do investimento seja baixa;
  • Moderado: o investidor moderado não abre mão da segurança, mas possui maior tolerância a riscos. Portanto, dependendo da situação, escolhe investimentos mais arriscados. Esse tipo de investidor consegue aproveitar o melhor de cada aplicação, pois escolhe opções seguras e lucros acima da média;
  • Arrojado: esse é o perfil do investidor que assume maiores riscos em busca da maior rentabilidade. É o cliente que entende tudo sobre as oscilações dos mercados e que possui bom conhecimento acerca dos investimentos.

3. Rentabilidade

Por fim, a terceira base do tripé dos investimentos é a rentabilidade, que pode vir de formas diferentes, como por exemplo:

  • Proventos derivados da aplicação;
  • Pagamento de juros;
  • Valorização do ativo.

O retorno é o aspecto que os investidores mais tendem a levar em consideração, afinal, quando investimos, a intenção é ter retorno, não é mesmo?

No entanto, desconsiderar a liquidez e os riscos e avaliar somente a rentabilidade é um erro, até porque, o nível de liquidez e de risco está diretamente relacionado com o retorno prometido.

Por exemplo, se você tem o perfil conservador e opta por analisar um ativo somente com base no retorno, poderá escolher uma opção que não condiz com o seu perfil. Afinal, os ativos com maiores retornos tendem a ser os mais arriscados.

Como usar o tripé dos investimentos?

O primeiro passo é entender que não existe nenhum investimento no mercado que seja bom nos três fatores. Ou seja, você não vai encontrar um ativo com boa rentabilidade, baixo risco e alta liquidez.

No entanto, você pode fazer combinações de fatores de acordo com o seu perfil. Por exemplo, se for mais conservador, pode escolher investimentos com baixo risco, mesmo que o rendimento não seja muito alto. Lembre-se: a escolha dos ativos vai depender muito dos seus objetivos.

Se você vai investir para a sua aposentadoria, por exemplo, pode optar por ativos com baixa liquidez e retorno maior, no entanto, pesquise todas as opções disponíveis com muita calma e, claro, sempre respeite o seu perfil e condições.

Vantagens de usar o tripé

Uma das vantagens de usar o tripé dos investimentos é a diversificação da carteira. O nível que cada um dos pilares terá na sua carteira vai depender do seu perfil de investidor e objetivos. Melhor dizendo, você consegue personalizar a sua carteira por meio do nível de cada um dos fatores do tripé.

Outra vantagem é que você consegue fazer essa diversificação de maneira inteligente. Ao utilizar essa ferramenta, você encontra ativos com diferentes graus de liquidez, risco e rendimento, sendo ideal para o seu momento.

Descomplicamos?

De toda maneira, é importante conhecer muito o universo dos investimentos antes de tomar qualquer decisão. Para te ajudar nessa missão, separamos três artigos. Confira e esclareça suas dúvidas:

Até a próxima!

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Camila Silveira

Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.

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