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O que aprendemos com o mercado cripto em 2022?

Por Se Torne InvestidorPublicado em

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O ano de 2022, marcado pelo início de mais um mercado de baixa para a indústria de criptomoedas, chegou ao fim. O ano foi repleto de uma série de eventos importantes que ficaram registrados na história do Bitcoin e de todo o setor de criptoativos.

Para relembrar em detalhes os principais acontecimentos do setor no ano corrente, acompanhe a Retrospectiva cripto 2022 e reviva eventos, como o aguardado Ethereum Merge e o colapso épico da corretora FTX.

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Como foi o ano do mercado cripto em 2022?

O ano de 2022 se iniciou com o Bitcoin (BTC), principal criptoativo por capitalização de mercado, sendo negociado na região dos US$45 mil. O BTC havia atingido o seu topo histórico de preço dois meses antes, em novembro, quando o criptoativo atingiu a expressiva marca de US$69 mil.

O mercado e grande parte dos analistas estavam confiantes que a alta do criptoativo ainda não havia chegado ao fim, visto que modelos de previsão de preço importantes, como o Stock-to-Flow (S2F), indicavam que o BTC atingiria a marca de US$100 mil.

O BTC seguiu em queda, levando consigo todo o mercado de criptomoedas, que chegou a acumular uma capitalização superior a US$3 trilhões de dólares.

Um fator relevante para a queda acentuada do setor foram as pressões macroeconômicas, como os aumentos das taxas de juros em todo o mundo. Esses aumentos tendem a prejudicar ativos baseados em renda variável, como ações e criptoativos, visto que os investidores tendem a se voltar para o mercado de renda fixa.

Por conta disso, o mercado acionário também observou quedas épicas, especialmente em empresas de tecnologia. As ações da Amazon, Netflix e Meta caíram 56%, 60% e 69%, respectivamente, desde o topo do mercado.

Nem mesmo todo o entusiasmo em torno do metaverso foi o suficiente para conter a queda do setor. Após o anúncio da mudança de foco da Meta para a construção do metaverso, alguns projetos em Blockchain começaram a receber atenção dos investidores, como foi o caso de Decentraland (MANA) e The Sandbox (SAND), cujos tokens apresentaram uma valorização significativa.

Quebra da Terra (Luna)

A quebra do suporte de US$30 mil no preço do BTC foi impulsionada pela quebra do ecossistema Terra (LUNA) e sua stablecoin algorítmica TerraUSD (USD), que se iniciou em 7 de maio. Este evento abalou todo o mercado, que viu bilhões de dólares em valor desaparecerem em dias.

A liquidação em massa de BTC por parte dos líderes do projeto Terra, aliada a um contágio sistêmico de empresas que tinham exposição ao ecossistema, provocou uma série de falências em cascata, causando prejuízos bilionários.

Os únicos que lucraram com este cenários foram aqueles que apostaram na queda dos criptoativos.

Uma série de grandes empresas de criptomoedas, como 3AC e Celsius, apresentaram problemas de liquidez, que resultaram em falências, deixando muitos clientes no prejuízo. Este movimento ocorreu por dois motivos principais: modelos de negócios insustentáveis, aliados a um mercado em queda.

Ethereum Merge

O ano de 2022 foi marcado pela aguardada atualização Ethereum Merge (antigo Ethereum 2.0), que foi adiada por anos. A atualização foi responsável por mudar o algoritmo de consenso da rede blockchain de Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS).

Enquanto redes de PoW, como o Bitcoin, utilizam a mineração para garantir a segurança e descentralização da rede, o PoS utiliza um mecanismo análogo chamado de stake. Os stakers devem "bloquear" os seus tokens para obter a chance de criar um novo bloco na rede Ethereum.

A atualização ocorreu sem grandes problemas. No entanto, o preço do ETH seguiu sua tendência de baixa junto com a maior parte do mercado. Desde a mudança, o preço do ETH saiu da região de US$1.500 e é negociado atualmente em cerca de US$1.200.

No início de 2023, ocorrerá o desbloqueio de um grande número de ETHs em stake, que serão liberados pela primeira vez desde a criação da Beacon Chain, uma rede paralela do Ethereum que se fundiu à Blockchain durante o Ethereum Merge.

Falência da FTX

Não é possível falar sobre o ano de 2022 sem mencionar a falência da corretora de criptomoedas FTX, que era uma das maiores do mundo. Após rumores de insolvência e problemas de liquidez, uma grande desconfiança se instaurou no mercado, com clientes sacando os seus fundos em massa.

Os saques agravaram a situação da corretora, que foi obrigada a pedir falência. Os registros da companhia demonstraram que a FTX praticou fraude bancária, ao não manter devidamente os ativos dos clientes, misturando-os com as dívidas e acordos da empresa.

Não à toa, o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas, e será em breve extraditado para os Estados Unidos.

O que os investidores aprenderam em 2022?

O ano de 2022 foi certamente repleto de lições importantes para os investidores do mercado de criptomoedas. Ficou claro que ter uma estratégia de diversificação é extremamente importante, como forma para mitigar riscos.

Diversificar é importante não somente para os seus ativos, mas também para suas formas de custódia segura. Caso opte por manter seus ativos prontos para negociar em corretoras, busque saber se a exchange segue as melhores práticas do mercado.

Os últimos meses do mercado de criptomoedas demonstraram novamente que não existe alta infinita, e que os ativos digitais, mesmo os mais estabelecidos, como Bitcoin e Ethereum, são ainda muito voláteis.

Dessa forma, tenha em mente os riscos de curto prazo antes de investir no setor. Alavancar-se, isto é, tomar empréstimos para investir no mercado, pode trazer grandes complicações para indivíduos e empresas.

Grande parte dos problemas e falências observadas no setor nos últimos meses esteve associada a tomadas de empréstimos em momentos inadequados e sem garantias o suficiente.

No entanto, é importante olhar não somente para o curto prazo, mas para toda a história desta indústria que já possui 13 anos. O mercado de criptoativos já passou por 3 grandes invernos cripto, que se iniciaram em 2011, 2013, e 2017. Em todas as ocasiões, o setor se recuperou de forma incrível, superando todas as vezes o seu valor.

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Se Torne Investidor

Criador e autor do blog e canal Se Torne Investidor, que transforma devedores em investidores de sucesso.

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