Reserva de emergência: guia completo

Mesmo que você tenha um excelente planejamento financeiro, imprevistos podem acontecer nos momentos mais inesperados e é exatamente por isso que ter uma reserva de emergência é tão importante.
Para te ajudar a criar uma de forma eficiente, criamos esse guia completo que vai esclarecer todas as suas dúvidas.
Você encontra nesse artigo:
Por que ter uma reserva de emergência se o rendimento é baixo?
Apesar da reserva de emergência não oferecer uma rentabilidade boa, principalmente neste momento em que a taxa Selic está em 2% ao ano, precisamos entender que ela só deve ser utilizada por quem deseja guardar uma quantia de dinheiro em um lugar extremamente seguro para possíveis situações de emergência.
Quanto mais rentável, maior o risco
Além disso, é importante ressaltar que quanto maior a rentabilidade de um investimento for, maior é o risco de crédito. Ou seja, não adianta aplicar o seu dinheiro em ativos que oferecem excelentes rendimentos, como ações, fundos imobiliários e criptomoedas, se você pode acabar perdendo todo o valor da noite para o dia.
Saque quando achar necessário
Outra vantagem que a reserva de emergência oferece para quem deseja apenas guardar dinheiro é a liquidez diária. Isso significa que, se você aplicar uma quantia de R$ 100 em sua reserva de emergência hoje, e resolver retirá-la amanhã porque aconteceu um imprevisto, você conseguirá fazer isso tranquilamente.

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Isso não acontecerá em fundos de investimentos que oferecem uma rentabilidade mais alta, pois esses ativos não oferecem liquidez diária. Ou seja, ao aplicar o seu dinheiro nesses fundos de Renda Variável você só conseguirá sacá-lo depois de um determinado prazo, que pode durar até mesmo cinco anos.
Portanto, entenda: o principal objetivo de criar uma reserva de emergência, mesmo que tenha um baixo rendimento, é ter uma margem de segurança para os momentos em que você precisar de dinheiro.
Quanto devo colocar na reserva de emergência?
Essa resposta vai depender das suas necessidades e condições, ou seja, você pode colocar a quantia que conseguir por mês. Mas, para isso, é essencial fazer:
- Um bom planejamento financeiro;
- Anotar as suas receitas e gastos mensais em uma planilha;
- Checar quais despesas é possível diminuir ou cortar;
- Aplicar o dinheiro economizado na reserva.
Contudo, o ideal mesmo é que você consiga acumular um valor equivalente entre seis e 12 vezes dos seus gastos mensais.
Por exemplo: se você gasta cerca de R$ 1 mil por mês, é interessante que tente acumular entre R$ 6 mil e R$ 12 mil na reserva. Mas é claro, como dissemos anteriormente, tudo isso vai depender das suas condições.
Essa quantia recomendada (entre seis e 12 vezes dos seus gastos mensais) serve para te amparar caso você perca o seu emprego futuramente ou aconteça algo extraordinário.
Afinal, se algo realmente vir a acontecer, você conseguirá viver um ano tranquilamente em aspectos financeiros, como se nada tivesse acontecido e o melhor: terá mais recursos para poder se reestabelecer.
Onde investir a reserva de emergência?
Bom, como dissemos, a reserva de emergência precisa ser extremamente segura e possuir uma liquidez diária para que você consiga sacar seu dinheiro a qualquer momento. Os ativos mais recomendados de Renda Fixa são:
- Poupança tradicional;
- Certificados de Depósitos Bancários (CDB) com liquidez diária;
- Tesouro Selic;
- Fundos DI com taxa zero.
A poupança você pode achar nos bancos tradicionais, como Caixa Econômica Federal, os CDBs é possível encontrá-los em bancos digitais, como no Nubank ou Banco Inter, o Tesouro Selic em qualquer corretora de investimentos e os Fundos DI com taxa zero nas seguintes plataformas:
- BTG Pactual Digital;
- Órama;
- Pi;
- Rico;
- Vitreo.
Mas afinal, qual é o melhor ativo para aplicar a minha reserva de emergência?
Primeiramente, vamos começar falando da poupança. Essa que vamos comentar é a que considera aportes a partir de maio de 2012, pois foi quando a regra de sua rentabilidade mudou.
As pessoas que possuem depósitos anteriores a esta data não precisam se preocupar em deixar seus recursos na poupança, já que a sua rentabilidade está interessante nos dias de hoje.
Poupança como reserva de emergência
Apesar da poupança ser uma opção extremamente segura e oferecer boa liquidez, vale lembrar que o risco de crédito deste ativo não é zero, como o do Tesouro Selic, que é um título emitido pelo governo brasileiro.
E, mesmo que a poupança conte com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), devemos nos atentar a alguns pontos que são normalmente ignorados.
Apesar de ser isenta de Imposto de Renda, a poupança rende menos que 100% do CDI, do Tesouro Selic e Fundos DI com taxa zero.
Além disso, esse ativo conta com a data aniversário de cada aporte que funciona assim: se o cliente fizer um saque em qualquer dia que não for nesta data, todo o rendimento do mês será perdido.
Sendo assim, o CDB pós-fixado com liquidez diária que renda 100% do CDI já é uma opção melhor. Com ele, você poderá sacar o seu dinheiro a qualquer momento sem sofrer nada por isso.
Contudo, é importante não esquecer de que a rentabilidade precisa ser 100% do CDI, caso contrário, acabará sendo inferior que a do Tesouro Selic e dos Fundos DI com taxa zero.
Tesouro Selic como reserva de emergência
Caso a sua aplicação no Tesouro Selic seja de até R$ 10 mil neste ativo, a sua rentabilidade será semelhante a de um CDB a 100% do CDI, pois até esse valor não é necessário pagar a taxa de custódia de 0,25% ao ano.
O Tesouro Selic é um título emitido pelo governo brasileiro que paga uma rentabilidade próxima a da taxa Selic (2% ao ano). Por possuir liquidez diária e ser extremamente seguro, o dinheiro pode ser sacado diariamente sem risco de perda.
O ponto negativo do Tesouro Selic é que ele cobra uma taxa anual de custódia de 0,25% para investimentos acima de R$ 10 mil. Se os depósitos não ultrapassarem esse valor, essa taxa não é cobrada.
Fundo de Investimento como reserva de emergência
Já os Fundos de Investimento em Renda Fixa Referenciado DI, ou somente, Fundos DI são fundos que devem investir no mínimo 95% da carteira em ativos relacionados ao CDI e, pelo menos, 80% em títulos públicos federais ou ativos de Renda Fixa considerados de baixo risco de crédito.
A desvantagem é que os investimentos e riscos podem mudar de um fundo para o outro. Por isso, é sempre importante saber o que o gestor do fundo faz com o seu dinheiro para não sofrer maiores prejuízos.
Reserva de emergência precisa de segurança
Resumidamente, a reserva de emergência precisa estar aplicada em um ativo extremamente seguro e isso implica em uma rentabilidade menor.
Portanto, para saber qual das opções acima é a melhor, veja qual delas oferece maior segurança e aplique o seu dinheiro sem medos! Afinal, a reserva de emergência só tem uma única função que agora você já sabe qual é.
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Esperamos ter ajudado você com esse conteúdo. Em caso de dúvidas ou sugestões, deixe um comentário para nós e até a próxima!

Redatora e Especialista em Produtos e Serviços Financeiros na Foregon, adora descomplicar os cartões de crédito, empréstimos, financiamentos, seguros, contas digitais, entre outros. Boa parte do seu trabalho é acompanhar a movimentação dos bancos e instituições financeiras para trazer as principais notícias do mercado.
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