Endividamento Familiar: como não Entrar no Vermelho
Escrito por Juros Baixos
Atualizado emO endividamento das famílias brasileiras têm crescido constantemente nos últimos anos e se encontra num nível preocupante.
Para além das consequências para a economia como um todo, isso significa dor de cabeça para milhões de brasileiros, que têm as suas rendas e os seus sonhos comprometidos pelas dívidas.
Como não cair nessa difícil situação? Neste artigo, daremos dicas úteis para controlar o orçamento familiar e não se tornar inadimplente.
O que você procura?Como organizar o orçamento para não entrar no vermelho
Para ter suas finanças em dia e não entrar no vermelho, é preciso colocar em prática alguns conceitos de educação financeira e, em especial, realizar um planejamento financeiro.
Como, nesse caso, falamos de endividamento familiar, o planejamento deve ser feito em conjunto por todos os membros da família.
Conheça bem as finanças da família
Antes de tudo, é preciso entender como funcionam as finanças da família. Coloquem no papel todos os gastos e todos os ganhos, acompanhados de detalhes como a origem, o destino, o prazo de vencimento, a taxa de juros, etc.
Com isso, você e seus familiares terão uma boa ideia de como o dinheiro está sendo usado e o que pode ser feito para geri-lo de forma mais saudável.
Você pode, por exemplo, usar aplicativos específicos para planejamento das finanças pessoais que contêm diversas ferramentas úteis e podem ser usados no smartphone, sempre que você tiver tempo disponível.
Tenha clareza das prioridades e objetivos
Após registrar e classificar os gastos da família, será possível estabelecer quais têm mais prioridade.
Exemplos de gastos essenciais são: dívidas atrasadas, dívidas que irão vencer em breve, conta de água, conta de luz, aluguel, alimentos básicos e gastos com saúde. É com esses itens que os recursos da família devem ser gastos em primeiro lugar.
Exemplos de gastos não essenciais são: roupas, jóias e acessórios, refeições fora de casa, planos caros de internet, TV por assinatura e streaming, viagens a lazer, etc. Esses gastos devem ser feitos com muito cuidado ou mesmo evitados, especialmente se o orçamento familiar já estiver restrito.
Estabeleça objetivos financeiros. O primeiro deles é, com certeza, se livrar das dívidas em atraso e conseguir passar o mês com o orçamento atual.
Depois, a família deve procurar formar uma reserva de emergência, útil nos momentos de aperto. Depois, essa reserva pode ser convertida numa poupança de fato, que poderá ser usada para concretizar planos e sonhos da família.
Sabemos que controlar as finanças familiares pode ser um desafio para muitas pessoas, especialmente quando se trata de administrar o dinheiro de diversas pessoas ao mesmo tempo. No entanto, as contas digitais podem te ajudar nesse quesito.
Com elas é possível ter um maior controle das finanças da família, pois é possível ter acesso a extratos detalhados, realizar transferências entre contas, pagar contas e monitorar gastos de forma simples e intuitiva. Com essas ferramentas, elas se tornam uma ótima opção para quem quer controlar as finanças da família com mais eficiência e praticidade.
Não deixe a situação virar uma bola de neve
A gestão das dívidas é essencial para manter o orçamento familiar sob controle. Antes de tudo, é essencial se preparar antes de contrair uma nova dívida.
Reflita sobre como o novo gasto irá pesar no seu orçamento, com um olhar especial sobre as taxas de juros. Recomenda-se não comprometer mais de 30% da renda mensal com o pagamento de dívidas.
Depois que as dívidas já são contraídas, elas devem ser encaradas como gastos prioritários, especialmente se já estiverem atrasadas, como citamos anteriormente.
Além disso, para que a situação não vire uma bola de neve, os consumidores devem tentar negociar as dívidas atrasadas junto aos seus credores. Uma dica é usar plataformas de negociação de dívidas online, onde é mais fácil conseguir descontos.
Já para o caso de dívidas com juros muito altos, ainda é uma possibilidade usar um empréstimo para quitar a pendência. Contudo, é preciso cuidado, essa troca só é recomendada quando o empréstimo apresenta taxas de juros menores que a da dívida em si.
Uma boa opção normalmente é através do empréstimo com garantia de veículo ou de imóvel, que costumam apresentar taxas mais atrativas.
Planejamento não é um monstro de sete cabeças
O planejamento financeiro é útil para todas as famílias, estejam elas endividadas ou não. Para muitos, pode parecer uma tarefa difícil, mas nada que um pouco de paciência e perseverança não resolvam.
Recomenda-se começar com pequenos gestos, como reunir-se com seus familiares uma vez por semana e discutir um pouco sobre as finanças da casa. Em seguida, pode-se começar a cortar alguns gastos não essenciais e poupar algum dinheiro, e assim por diante.
Por fim, recomendamos o estudo constante sobre temas de educação financeira. Obviamente, não é preciso se tornar um expert no assunto, mas conferir de vez em quando algum conteúdo, seja um artigo, um vídeo ou palestra, ajudará bastante na gestão do orçamento familiar.