Você conhece o banco CBSS?

O Banco CBBS foi criado pelo Bradesco e Banco do Brasil no ano de 2014 para fazer parte financeira em uma parceria com a Ibi Promotora de Vendas, que foi comprada pelo Bradesco da C&A em alguns anos antes. O plano para a instituição bancária era manter uma rede relativamente de lojas físicas.

Porém, o banco Digio, projeto piloto de cartão de crédito sem anuidade, acabou assumindo a identidade do CBBS, que atualmente é controlado pelo Bradesco com uma participação de 50,1%, e pelo Banco do Brasil, que detém os 49,99% restantes. Comandado por Carlos Giovane Neves, o banco possui hoje em dia 2 milhões de clientes.

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Trajetória e propósitos do banco Digio

De acordo com Carlos Giovane Neves, o CEO da Digio, a instituição tem capacidade de chegar a cinco milhões de cliente em um prazo de três anos.

"Eu tenho o maior interesse em crescer, e crescer já, porque há demanda", afirma. Porém, os sócios deverão realizar novos aportes para ver a empresa decolar.

Com 14 parcerias, como o Guia Bolso, Bom pra Crédito, Geru, Lendico, KeroGrana, FinanZero, entre outras, o Banco CBSS também oferece recarga de celulares para os clientes no aplicativo da operadora da Vivo.

"Nós queremos ser uma ‘bantech’, ou seja, ter a solidez de um banco e a agilidade de uma fintech", resumiu Neves.

Com o passar do tempo, o Digio ganhou vínculo com a carteira digital Google Pay para pagamentos por aproximação, passou a oferecer conta corrente, empréstimos pessoais, cartão de crédito e, até mesmo, serviços de cashback.

A empresa também conta com o programa de fidelidade Digio Club que permite a troca de pontos acumulados por viagens, produtos e serviços.

E embora tenha muitas metas ambicionas, o CEO do Digio não acreditava que teria problemas de concorrência com seus controladores, ainda que o Bradesco possuía o banco digital Next.

"É sempre melhor ter dois cavalos na mesma corrida. Suas chances de êxito aumentam". De acordo com ele, o objetivo era tornar uma plataforma financeira "agnóstica", ou seja, que distribuiria inicialmente produtos dos sócios, mas posteriormente também de outros bancos.

Banco CBSS teve prejuízos

O Banco CBBS teve um prejuízo de R$ 2,264 milhões no primeiro semestre de 2019, mas o objetivo era ficar positivo em torno de R$ 10 milhões, de acordo com o CEO.

"Entretanto, se eu acelerar o crescimento, vai piorar o resultado. Num primeiro momento vai consumir capital, mas em breve teremos um leque maior de produtos para tentar rentabilizar o cliente. Se ficasse só no cartão de crédito sem anuidade, como outras fintechs, seria muito difícil fechar a conta", afirmou Neves.

A carteira de crédito no primeiro semestre era de R$ 1,449 bilhão e o índice de Basileia estava em 13,54%.

O CEO ainda afirma que uma oferta pública inicial de ações (IPO) não estava descartada e seria um caminho natural no médio prazo. "Existe uma grande janela no mercado para bancos digitais e, dependendo do nosso êxito, existe sim essa possibilidade. Mas vai depender dos acionistas".

Além disso, Neves disse que não descartaria a entrada de um novo sócio, mas que isso só deveria acontecer se fosse para agregar a tecnologia.

Com o propósito de agradar o público "millenial", o banco Digio apostou em patrocínio de shows musicais e feiras de jogos para divulgar a sua marca. Mas, a campanha de marketing mais agressiva estava a depender do orçamento do ano que estava por vir, 2020.

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